Resenha - As Batidas Perdidas do Coração

Livro: As batidas perdidas do coração
Ano: 2014
Páginas: 406
Editora: Editora Verus


Sinopse: Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro. Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão, que poderá salvá-los ou condená-los para sempre.


As batidas perdidas do coração é uma história sobre as perdas e como cada um lida com elas, é alinha tênue entre o amor e a dor, com uma narrativa envolvente e repleta de um bom repertorio de rock’n’roll, este livro traz a última tentativa de duas pessoas arruinadas pelas perdas que tiveram ao longo de sua vida que juntas, buscam desesperadamente se encontrar.



Viviane passou os últimos 10 meses se preparando para a morte de seu pai, mas nada pode preparar uma pessoa para perder um ente querido, desde que descobriu que seu pai sofria de uma doença em fase terminal, ela deixou de ser adolescente e se tornou uma adulta com todas as responsabilidades que ela nunca tinha tido. Tanto ela quanto seu irmão Rodrigo (que eu tenho muito carinho por esse personagem) cresceram, amadureceram e souberam o que é ter responsabilidades que muitas vezes alguns adultos em sua maior idade ainda não são tão maduros assim.

“ A vida é muito mais que uma sucessão de fatos ao acaso. Quando você acha que nada mais pode acontecer é exatamente ai que tudo muda.”

Quando seu pai morre, a dor consome a todos, mas para piorar a situação a mãe do Viviane e Rodrigo, se entrega a uma depressão profunda. Quem deveria ser o porto seguro dos filhos, não consegue levantar da cama e não sabe mais o que acontece dentro de sua própria casa, então os irmãos só encontram apoiam um no outro.

“Algo que aprendi ao longo desse último mês é o que tempo não é médico, ele é ilusionista. Nós não nos curamos conforme a vida passa, só nos iludimos achando que vai chegar aquele dia em que tudo será mais fácil. Então continuamos à procura do momento em que ficaremos bem, tendo a sensação de que estamos melhorando, quando na verdade só estamos seguimos vivendo.”

Quando Viviane sai do hospital (no dia em que seu pai morreu), ela esbarra com o bad boy (boylicious) do Rafael, um cara tão quebrado quanto Viviane que tem seus demônios e suas perdas tão profundas quanto os de Viviane, e acaba se apoiando entre bebidas e drogas e uma vida vazia, mas esse cara quebrado vai perceber que a patricinha que ele tanto irritou (e o que ele mais poderia odiar, por serem tão opostos) pode ser seu porto seguro e sua salvação e trazê-lo de volta ter uma vida “quase” normal.  Entre altos e baixos (mais baixos do que alto confesso) a história entre os dois se fortalece a cada capítulo e o que era apenas uma atração arrebatadora, se transforme no mais puro e verdadeiro amor.


“ O tempo é capaz de desfocar as nossas dores e nos distrair com a vida que segue, mas a dor nunca some por completo. Nós a colocamos em um arquivo do coração e evitamos mexer nela.”

Com a escrita leve e irreverente a autora Bianca consegue abordar alguns assuntos bem polêmicos e consegue quebrar vários (pré-conceitos).  O livro tem continuação, e a autora deixou bastantes fios soltos para uma continuação, mas no meu ver alguns detalhes podiam ser evitados e ter outro final, mas o livro é muito bom e foco na meta desse ano, quando eu terminar a minha meta leio o próximo, afinal preciso saber o que vai acontecer com esses dois e sobre os outros personagens tão cativantes que encontramos ao longo do livro.


“Meu pai dizia que quando estamos apaixonados, o coração fica tão assustado que pula um batimento, como se estivesse se preparando para todas as variações de velocidade que vai ter que enfrentar a partir daí. É o que ele chamava de {As Batidas Perdidas do Coração}.”

E você, tá lendo ?

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